Juntamente com o historiador Peter Gaida, Antonio Munoz Sánchez é curador da “Rotspanier”, a primeira exposição sobre os 40 mil espanhóis exilados escravos dos nazis, que está agora em Berlim até janeiro de 2022. Vai continuar a investigar, mas reconhece que “agora é tarde demais para escrever a história na primeira pessoa porque morreram todos os protagonistas e a documentação é muito administrativa”. Além disso, “grande parte destes trabalhadores ficou em França que elaborou a sua memória focando-se nas suas vítimas”.
“Há uma faceta da repressão nazi sobre os portugueses até agora pouco conhecida. Embora escassos em número, os portugueses são como um caleidoscópio que permite ver a grande complexidade do gigantesco sistema de exploração de mão-de-obra organizado pelos alemães”, observa. Sánchez espera, contudo, que a pouco e pouco “o interesse por estes portugueses esquecidos cresça”.
Também em Berlim pode-se visitar a exposição Rotspanier, sobre esta mesma temática. Pelo grande interesse do publico, a exposição foi prolongada até Janeiro de 2022. Esta exposição foi apresentada em Bordeus em 2019, e depois de Berlim vai estar durante o ano 2022 na França e Espanha.